Queima meu peito e atormenta minh’alma,
Faz-me chorar lágrimas de dor.
Das lembranças de um beijo de amor,
de um carinho que se foi,
A saudade vem...!
Retira o brilho de meu sorriso
coloca-me como seu escravo
arde num turbilhão de lágrimas,
que se vão, ao encontro do nada...
Saudades de meu tempo de pequeno,
Dos pequenos que comigo podiam 'livres' brincar pelas praças...
Saudades de meu pai sentado à beira da lareira
a querer jogar prosa fora na companhia de sua família.
Saudades da manta colocada nas noites de frio sobre mim
Faz-me chorar lágrimas de dor.
Das lembranças de um beijo de amor,
de um carinho que se foi,
A saudade vem...!
Retira o brilho de meu sorriso
coloca-me como seu escravo
arde num turbilhão de lágrimas,
que se vão, ao encontro do nada...
Saudades de meu tempo de pequeno,
Dos pequenos que comigo podiam 'livres' brincar pelas praças...
Saudades de meu pai sentado à beira da lareira
a querer jogar prosa fora na companhia de sua família.
Saudades da manta colocada nas noites de frio sobre mim
por minha mãe, que agora se foi.
Saudades de um tempo
onde se tinha orgulho de nossos governantes,
Em que nossos esportes eram vividos por prazer e garra,
e não em troca de milhares de dólares.
Saudades dos amigos que nos visitavam
compartilhavam conosco de suas angústias
sem nenhum tipo de maldade.
Saudades de um tempo em que todos tinham trabalho,
as feiras lotadas, 'saudades do pastel',
que fazia às crianças esperarem pelo dia das compras nas feiras.
Saudades de um tempo onde existia o respeito
se casava por amor, somente por amor.
Saudades das coisas mais simples,
como poder andar livremente...
Saudades de sentar debaixo da árvore,
colher a fruta e degustá-la,
Saudades do médico de família.
Saudades do domingo no almoço com o padre,
Saudade do santinho que se ganhava,
Saudades do álbum de figurinhas,
Saudades da bolinha de gude,
da massinha, do quebra-cabeça...
Das festas de aniversário com crianças irradiantes,
em torno de bolos e docinhos,
feitos com carinho por suas mães.
Saudades dos profissionais que se dedicavam
com afinco em suas carreiras,
colocando sempre a ética antes da ganância.
Saudades das poesias feias em papéis de pão,
dos diários onde colocávamos
as coisas mais simples que sentíamos.
Ah essa saudade...
Que me faz lembrar dos meus amáveis animaizinhos
retirados sempre pela dolorosa separação da morte...
Agora, aqui estou eu a falar contigo “saudade”:
- Não me faz mais sofrer, não me tire mais nada...
...pois, neste novo tempo, sobrou-me bem pouco!
- Não me faz mais sofrer, não me tire mais nada...
...pois, neste novo tempo, sobrou-me bem pouco!
Paulo Nunes Junior
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