Sou assim, o avesso de mim, e o que quero,
Difere do que espero, nunca é o fim.
Liberta e libertina! Não me esmero,
Em parecer menina ou querubim.
Tenho que ser escrava? Só de mim.
Dane-se o amo porque não o venero.
Aqui sou livre e quero ser assim,
Exatamente assim e não exagero.
Sou borboleta quando precisar,
Mas não me nego nunca a rastejar,
Se pelo alto andar a hipocrisia.
Nela, jamais eu pude ver magia!
E quem acaso ousar me desmentir,
Será mais um hipócrita a grunhir.
Tere Penhabe
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