E a gente vê tanta gente
sem ver ninguém;
Aí, de repente, a gente enxerga alguém.
A boca faz som, a cabeça gira e O coração dispara
Que nem bobo.
É...E a gente nem entende, fica contente à toa!
Fica numa boa, nem sabe porque
Tenho cabeça e não penso,
Tenho olhos e não enxergo
Meus ouvidos não ouvem,
Pareço doido, surdo e cego
Porque só penso, só ouço e só enxergo
Este alguém...Que nem me pensa, nem me ouve e nem me vê.
Ah, Bicho bobo, este tal sentimento,
Que traz sofrimento, que dói dentro da gente.
Mas que a gente gosta, abre o coração e mostra
O que a gente nem viu!
Não foi nada, nem foi gente,
Foi só sentimento que dentro do peito surgiu.
Cheio de sofreguidão, feito furacão
Meio sem jeito, cheio de medo,
Cheio de segredo, no meio da multidão.
Ah, este coração que tanto dispara.
Ah, este meus ouvidos que não mais ouvem.
Ah, esta cabeça que não pensa em mais nada!
Não querem por bem,
Escutar mais nada, mais ninguém...
Porque, de repente,
Escutam no outro o nosso próprio som...
Ah, estes meus olhos que não mais enxergam
Porque parecem cegos,
Neste mundo de tanta gente.
É porque, de repente,
A gente enxerga nos outros...A gente.
E a culpa?
É desta cabeça que só te pensa,
Destes ouvidos que só te ouvem,
E destes olhos que só te vêem.
Rita Alonso
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